terça-feira, 11 de novembro de 2008

Assessoria de Imprensa: Agnaldo Montesso

Agnaldo Montesso, 21 anos é estudante do Curso de Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Federal de Viçosa. Antes mesmo de começar a graduação ele já fazia trabalhos na área de asssessoria “sem saber que era esse o nome” do que ele fazia. Passou por vários estágios desde então, a maioria na parte de assessoria, e um durante as férias na rádio da UFMG. Atualmente ele trabalha na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais, a Emater-MG, na Unidade Regional de Viçosa. A Empresa está em praticamente todos os municípios mineiros na assistência técnica e na difusão de tecnologias aos agricultores familiares de Minas. Na Regional de Viçosa são 27 escritórios que abrangem cidades como Ubá, Araponga e Visconde do Rio Branco. Confira a entrevista com Agnaldo.

Como foi o processo de seleção?
A seleção foi no final de 2007 para alunos do 5º período do curso. Fui na Unidade Regional de Viçosa e perguntei se poderia fazer a prova já que estava terminando o 4º período. A Andréa, que cuida da parte de Recursos Humanos falou que sim e aí me inscrevi. A seleção foi bem criteriosa. Primeiro eles selecionaram os currículos dos candidatos, que se não me engano foram 16. Deste número foram chamados 10 para a prova escrita, que foi bem complicada por sinal, pois caíram assuntos que nem havia aprendido como fazer uma pauta para TV. Depois destes 10 sobraram 4, que fizeram a entrevista com o Gerente Regional. O contato que tive com eles desde o primeiro momento me chamou a atenção da Empresa, pois tudo foi muito bem feito. Eles estavam sendo bem cuidadosos ao escolher a pessoa que iria atuar aqui em Viçosa. Fui chamado, mas fui começar somente em junho, por causa da reforma dos escritórios. Tive sorte, porque não havia estrutura para a assessoria aqui em Viçosa. Com a reforma foi adaptada uma sala para o assessor e comprados alguns equipamentos necessários para o meu trabalho.

Programa de treinamento em Belo Horizonte
Esse foi um dos diferenciais da Emater-MG em relação aos outros estágios que fiz. Depois de alguns dias que havia entrado fui fazer o treinamento em Belo Horizonte. Fiquei dois dias lá aprendendo mais sobre a Empresa e também tendo oficinas de como criar matérias para rádio e releases para a imprensa. Foi uma experiência bem interessante. Nunca tinha estado em uma assessoria de grande porte e contato com pessoas que só trabalham com isso. Foi bom também que conheci estagiários de diversos locais de Minas, como a Lana de Muriaé, o Airton de Montes Claros, a Lanne de São Francisco, a Lilian de Uberaba, o Mateus de Janaúba, a Maralise de Divinopólis e o Marcelo de Junuária. As empresas que havia trabalhado não tinham me dado um suporte deste tipo.

As viagens a trabalho.
Já conheci lugares e pessoas fantásticas pela Emater-MG. Como sou estagiário de Comunicação da Regional de Viçosa muitas vezes tenho que viajar a outras cidades da região para fazer matérias. Por isso que o estágio é interessante, pois tenho contato desde o gerente do banco, prefeitos, vereadores até os agricultores familiares mais humildes. Para o comunicador essa vivência é essencial.

Sua área preferida no jornalismo é a assessoria?
Desde que comecei a trabalhar para o Governador do Rotary do Distrito 4560 em 2005 já fazia este trabalho, mesmo sem saber que era isso. Aí surgiu meu gosto em trabalhar com empresas e fazer eventos na área. Na verdade, eu sou mais relações públicas do que jornalista, pois o que me chama mais atenção e esse contato com o público, a realização de eventos e cerimoniais, que ficam a cargo desta área da comunicação.

O que você acha da dicotomia teoria versus prática dentro do curso?
Este é um ponto muito importante a ser ressaltado e uma critica que eu tenho ao curso. A maior parte das pessoas que faz estágio em Viçosa está ligada a área de assessoria. Entretanto, temos a disciplina somente no 7º período, que é Assessoria de Imprensa, sendo que é a única ligada à área de comunicação empresarial. Isso é muito ruim para nós, pois às vezes não temos o conhecimento para desenvolver um bom estágio por esta falta de teoria. Para se ter uma idéia comecei a fazer estágio na área no 3º período, sem contar a minha experiência no Rotary. Apesar disso li bastante sobre assessoria e desenvolvi projetos em todas as empresas que trabalhei. O estágio é contudo essencial para a nossa formação, pois é por meio dele que temos contato com o dia-a-dia de uma organização e com a pressão sobre metas e projetos.